As linhas imaginárias ao se cruzarem, orientam a composição ideal. |
Várias câmeras digitais, possuem visor com a grade para orientação. |
Uma fotografia composta com pontos de interesse em excesso, também acaba por não atrair a atenção para nenhum deles. Por isso uma composição mais simples é muitas vezes mais eficiente, para transmitir uma idéia ou sensação agradável, do que uma panorâmica confusa que mostra tudo (numa paisagem), sem realçar nada. A seleção consciente daquilo que se vai incluir numa fotografia é um passo fundamental para obter um bom resultado. O fotógrafo tem que ser capaz de organizar aquilo que quer mostrar, na suas fotos. Uma forma prática, de resolver o enquadramento, é dividir (mentalmente), o quadro em duas linhas verticais e duas horizontais, em espaços iguais, formando uma espécie de grade. Nos cruzamentos dessas linhas verticais e horizontais, se encontra o melhor ponto de interesse do assunto fotografado. Esse cruzamento das linhas, é chamado de Ponto Áureo, ou Regra dos Terços. Isso, é conhecido desde tempos imemoriais, pelos artistas, pintores e desenhistas, para estabelecer uma boa composição do quadro, chamando a atenção do olhar do observador, para um determinado ponto da imagem.
Então, se você se depara com uma paisagem, onde podem ser encontrados animais pastando no campo e você considera que isso é importante na composição, coloque os animais em um dos cruzamentos imaginários das linhas verticais e horizontais. Experimente fotografar o mesmo assunto, colocando os mesmo animais no centro do quadro e compare os resultados. Você vai perceber que a foto utilizando a regra dos terços, é bem mais interessante e dinâmica.
A escolha da objetiva também é importante, pois ela determina a perspectiva da fotografia: as objetivas de grande angular aumentam as distâncias aparentes e as teleobjetivas reduzem-nas. Todas as câmeras digitais dispõem do recurso do zoom, que proporciona a aproximação (teleobjetiva), ou o afastamento (grande angular), da cena. A rigor, as lentes zoom, são várias lentes em uma só. É preciso escolher a distância focal, com critério. Se você pode se aproximar do assunto, melhor! Se não, use a zoom, até poder encontrar o enquadramento correto, eliminando da composição da sua foto, os elementos que lhe pareçam desnecessários.
Em seguida, há que escolher o local ou posição, a partir de onde se fotografa. Qual será o melhor ponto de vista, ao nível dos olhos, da cintura ou junto ao chão? Depende do que você quer mostrar e qual elemento da fotografia, você quer destacar. Uma fotografia do mar, por exemplo, nunca coloque a linha do horizonte exatamente no meio do quadro. Isso tornaria a sua fotografia, absolutamente sem vida, sem um ponto de interesse. Use a regra dos terços e coloque o céu ou o mar, em dois terços do quadro. Depende dos elementos que você pretende valorizar. Na concepção clássica, dos pintores ocidentais acadêmicos, a composição era dividida em primeiro plano, plano intermediário, fundo e céu. A proporção de 1/3 de céu 2/3 de terra ou mar é útil, também para a composição fotográfica, pois a mente humana (ninguém sabe exatamente porque) tem a tendência de considerar essa composição satisfatória e harmoniosa.
Em todas as câmeras podemos ainda escolher a orientação da imagem, seja na horizontal ou na vertical, já que o quadro das câmeras, quase sempre, é retangular. Apesar de ser mais fácil fotografar com a imagem horizontal, vale muitas vezes, à pena experimentar a outra opção, pois o ambiente da fotografia resulta muito diferente. Recomendável evitar erros, comuns, de enquadramento, ao fotografar (um edifício, ou uma árvore, por exemplo), onde o assunto predominante, tem orientação vertical, com o enquadramento do visor da câmera, na posição horizontal. O mais natural seria virar a câmera para a orientação vertical, obedecendo à forma do assunto. Por outro lado, se você que mostrar o mar ou qualquer outra paisagem, a orientação lógica seria a horizontal. Muitos iniciantes, entusiasmados e sem pensar direito, no que estão fazendo, cometem esse equívoco. Às vezes, por pura imitação, porque observaram fotógrafos profissionais, utilizando essa alternativa e o gesto lhes pareceu muito elegante!