29 de fevereiro de 2012

Que Câmera Fotográfica Escolher?

Praia da Penha-PB, vista do alto de sua escadaria.   ©Guy Joseph

O mercado de fotografia de hoje dispõe de inúmeros tipos de câmeras fotográficas digitais, o que pode tornar difícil a escolha, por parte do fotógrafo de primeira viagem. Por conta disso, antes de sair para comprar uma câmera fotográfica procure definir qual será a sua principal utilização. Se o seu objetivo  é fotografar cenas domésticas, viagens familiares, as gracinhas do Totó ou diversas outras situações simples, não haverá a necessidade de arriscar o seu precioso dinheirinho, numa câmara muito sofisticada e cara. Porém, se as suas intenções fotográficas, são sérias, considere a possibilidade de adquirir uma câmera fotográfica Reflex (DSLR).
Câmeras compactas para iniciantes
Antigamente a forma mais comum de classificar uma câmera fotográfica era através da sua resolução ou contagem de megapixéis, mas, atualmente a quantidade de megapixéis já não determina a qualidade da câmera fotográfica. Atualmente, a grande maioria das câmeras compactas dispõem de megapixéis elevados, garantindo uma boa qualidade nas cópias e ampliações. As câmeras para iniciantes são pequenas, fáceis de utilizar e têm um menor custo, podendo oferecer, no entanto,  excelentes e surpreendentes resultados. Possuem um zoom normalmente de três vezes superior ao ângulo de abertura de seu diafragma, além de incorporar um pequeno e eficiente flash.
Câmeras compactas modernas
A câmara fotográfica compacta moderna é elegante, pequena e com acabamentos excelentes que imitam o metal. A capacidade destas câmeras é comparável às compactas para iniciantes mas são mais caras devido ao sei design. Quando for comprar, uma dessas, preste muita atenção ao seu tamanho porque pode ser pequena demais para o tamanho das suas mãos. Existem muitos modelos à prova de água nesta categoria.

Câmeras “prosumer”
A partir de um dos principais pilares da Web - a participação e interatividade – surgiu a expressão “prosumer”. A construção desse termo se deu a partir da contração de dois outros termos; “Producer” com “Consumer”. Dessa forma, um prosumer é um “Produtor Consumidor”. Parece bastante contraditório o fato de alguém poder produzir e consumir algo ao mesmo tempo – no caso da Internet informação e conteúdo -, mas não é. Assim, um prosumer consome informação e produz conteúdo de alta qualidade. A câmera fotográfica que carrega a denominação de prosumer apresenta resultados profissionais mas a sua resistência, durabilidade e acessórios não o são. Podem fazer trabalhos profissionais desde que não sejam muito exigentes com os resultados. Mas, são compactas, leves e aceitam uma vasta lista de acessórios, além de proporcionarem uma ótima relação preço/qualidade.
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Câmeras Reflex ou DSLR
Reflex ou DSLR (Digital Single Lens Reflex) são câmeras em que a lente, ou mais precisamente, a objetiva é intercambiável, ou seja, é possível dispor de objetivas específicas para cada situação. O enquadramento da imagem é feito através das próprias objetivas. Existe um espelho que reflete a imagem captada pelas objetivas, passando por um prisma, até o visor, o que garante ao equipamento uma maior precisão, pois o que está enquadrado será o que realmente sairá na fotografia. Por uma questão de fidelidade à verdade, as câmeras Reflex ou DSLR, com sensor menor que um filme de 35mm, perdem alguma informação do enquadramento. O resultado do que você viu e o que foi registrado, é um pouco diferente, devido ao tamanho reduzido do sensor dessas câmeras. Apenas as DSLR com sensor Full Frame, podem garantir a fidelidade e precisão, do enquadramento.
De uma maneira geral possuem mais recursos e permitem operações em modo manual, o que dá ao fotógrafo um total controle da fotografia.

28 de fevereiro de 2012

Itacoatiras do Ingá

Detalhe das inscrições rupestres, no monólito, das Itacoatiaras do Ingá. ©Guy Joseph

Sítio arqueológico das Itacoatiaras do Ingá - Ingá do Bacamarte-PB   ©Guy Joseph

Ao chegar pela primeira vez, ao local das Itacoatiaras do Ingá, me pego contemplando as inscrições rupestres, de que tanto já ouvira falar e ver (através de fotos, de outros fotógrafos). Me flagro, sem saber por onde começar. Afinal de contas, milhares de pessoas e fotógrafos, inclusive,  já fizeram imagens da Pedra do Ingá... o que poderia eu, estar fazendo de novo? Que anglo surpreendente ou que recursos poderiam ser utilizados, para fazer a diferença, com imagens de um assunto, já tão divulgadas e conhecidas de todos?
Sentado em cima da pedra, comecei a olhar com mais atenção, ao cenário em volta... é isso, o cenário! Poucos devem ter prestado maior atenção à paisagem em volta, fascinados pelo mistério das inscrições.
O cenário onde se situa o monólito da Pedra do Ingá é cercado de muitas pedras menores, como se estas, tivessem se fragmentado, de um grande bloco. Tudo é intrigante, nessa paisagem! O rio Ingá, em queda, sobre as rochas, se aloja em locas, formando pequenos lagos. Depois corre solto em seu curso e destino. A vegetação rústica, a tudo assiste e resiste, ao sol, ao clima e ao solo, que não a favorece. Há uma sensação de desolação na paisagem.
Ponho-me a fotografar, deixando de lado as inscrições da Pedra do Ingá, procurando descobrir o que poderia ter acontecido, por ali, há centenas de milhares de anos. E deixo a minha imaginação viajar ao passado, afinal das contas, muito se pesquisou, muitas teorias foram formuladas e até hoje, não se chegou a um resultado incontestável... deixo a fantasia se desenvolver, livre, onde visualizo um imenso bloco erguido como um gigantesco obelisco, sendo reverenciado pelos nativos, primitivos. E que, um dia, por conta de movimentos de terra, a pedra tombou, fragmentando-se e espalhando milhares de pedaços, ao redor. As águas, cheias, os ventos ou outros eventos climáticos, trataram de cuidar do resto... pode ser que a minha imaginação tenha me levado ao exagero, de uma verdadeira alucinação, mas que, naquele instante, me proporcionou momentos de fascínio, enquanto registrava com minha câmera fotográfica, as mais estranhas e perfeitas formas, esculpidas nas rochas, que compõem o sítio arqueológico das Itacoatiara do Ingá.